O destino de um dos principais sorvedouros de CO2 do planeta - a Floresta Amazônica - parece já estar traçado. Mesmo que o governo brasileiro controle o desmatamento e o mundo consiga reduzir suas emissões de carbono, ela pode sofrer perdas de até 40% de sua área até 2100. E num cenário mais catastrófico, a destruição pode chegar até 85%.

É o que divulgou o trabalho de estudiosos do centro britânico de pesquisas climáticas Hadley Center, durante uma Conferência sobre o Clima em Copenhague, na Dinamarca. A Floresta sofrerá com a perda de biodiversidade e terá reduzida sua capacidade de absorver CO2, agravando ainda mais o aquecimento global. Isso tudo devido ao processo chamado inércia da floresta, fenômeno que faz com que os impactos demorem muito tempo para atingir todo o seu potencial dentro do ecossistema.

Os cientistas ainda alertam que um aumento de até 2 graus das temperaturas mundiais não causaria tanto impacto na Floresta; porém, atualmente, as temperaturas estão em torno de 0,75 graus Celsius mais elevadas em relação aos níveis pré-industriais; e emissões recentes de CO2 já garantem uma elevação concreta de 1,3 graus.

A catástrofe ainda pode ser reduzida, só depende de nossa capacidade de transformação.