
Três vezes por semana, cerca de 500 pescadores trocam as redes de pesca por sacos de lixo. Eles fazem parte do projeto Baia Limpa, uma parceria entre a Petrobrás e a Federação de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), que visa retirar e destinar a fins mais nobres os resíduos que tomam conta dos 400km2 da Baia de Guanabara, no Rio de Janeiro.
Por dia, são retirados da Baia 15 toneladas de lixo; e entre eles, muito material hospitalar, como seringas e bolsas de sangue, o que pode infectar esses trabalhadores. Em entrevista ao site da Gazeta Mercantil, os pescadores dizem que essa foi uma das poucas alternativas encontradas para solucionar os problemas de poluição da Baia de Guanabara e a ausência do pescado. Anos atrás, disse um deles, a Baia era cheia de camarões, enquanto hoje em dia, só se encontra pneus, plásticos e corpos.
O trabalho de formiguinha sozinho não adianta muito, mas pelo menos, os pescadores ganharam uma nova fonte de renda. Os resíduos retirados da Baia são encaminhados a uma usina para se transformarem em energia limpa, num projeto piloto que funciona dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão.

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