Transformar a natureza sempre foi um dos maiores desafios da humanidade. Da invenção do fogo, passando pela roda, até chegar ao iPhone; o homem se reinventou e se adaptou aos meios mais singulares que a vida no planeta pode apresentar.
No entanto, todo esse domínio gerou um ônus que hoje se faz imprescindível quitar. As transformações da sociedade geram produtos e subprodutos, muitos dos quais nocivos a saude e preservação da vida.O descarte de resíduos, por exemplo: Dá para acreditar que o Brasil recicla apenas 5% do seu lixo reciclado?
A Usina Verde, projeto piloto de usina térmica na Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, sabe disso. E numa virada de mesa, ela adaptou tecnologia internacional ao lixo brasileiro. Construir uma usina térmica custa em média R$ 35 milhões, no módulo simples. Ela é capaz de processar 150 toneladas de lixo por dia e gerar energia elétrica para abastecer mais de 13 mil residências. E ainda em fase de teste, eles tentam transformar o cálcio e potássio (subprodutos da queima do lixo) em susbstituto da areia na produção de tijolos, o que seria suficiente para gerar 1.500 tijolos.
Com uma sociedade cada vez mais consciente dos problemas ambientais, quatro cidades brasileiras já mostraram interesse pelo projeto. Porém, segundo o diretor da Usinaverde Luiz Carlos Malta, falta mais vontade do poder público e do setor privado para investir em iniciativas como essa. Por mais alto que seja o custo de implantação, a viabilidade ecológica do projeto aponta na direção do sucesso.

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