
O desmatamento da floresta Amazônia, principal emissor de CO2 na atmosfera brasileira, ganhou um estudo encomendado pela ONG WWF ao Instituto Copérnico, da Universidade de Utrecht, na Holanda.
O objetivo desse material é demonstrar através de cálculos que vale muito mais manter a floresta em pé do que derrubá-la. O montante que varia de R$ 113 a R$ 226 por hectare representa o ganho obtido quando a floresta é deixada intacta. Esse valor foi determinado pelo próprio mercado que estabeleceu entre US$ 5 e US$ 15 - algo em torno de R$ 30,00 - por tonelada de carbono neutralizada. Cada árvore -dependendo do seu tipo - é capaz de neutralizar em média 80 a 200 toneladas de CO2 por hectare.
O mercado de carbono ainda não aceita a floresta em pé como valor negociável para redução de emissões, porém para nova rodada de negociações pós-Kyoto que acontecerá em 2012 tudo indica que esses valores serão aceitos. O que será de extrema importância para o Brasil, pois considerando os 219 milhões de hectares e os chamados serviços florestais (produtos que dependem da floresta como o café, o ecoturismo e a recreação) prestados pela Amazônia, o país pode vir a faturar R$ 50 bi por ano.
A esperança é que esses resultados possam convencer os proprietários de terras naquela região que é muito mais lucrativo manter a floresta do que destruí-la com a exploração de atividades como a pecuária e a soja.

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